António de Albuquerque
Foto: DGLAB. |
ANTÓNIO DE ALBUQUERQUEAntónio de Albuquerque, de seu nome António de Albuquerque do Alardo de Amaral Cardoso e Barba de Meneses e Lencastre, nasceu no dia 11 de março de 1866, em Viseu, no seio de uma das famílias mais aristocráticas de Portugal. Teve uma educação parisiense, muito influenciada pela literatura francesa e pelos ideais republicanos e anarquistas. De regresso a Portugal, os seus modos mundanos e as suas ideias foram mal recebidos na capital e prejudicaram a sua carreira literária.
A sua obra não é extensa, tendo publicado alguma poesia e os romances "Escândalo!" (1904), "O Marquês da Bacalhoa" (1908), "A Execução do Rei Carlos" (1909) e "O Solar das Fontainhas" (1910), bem como um volume de investigação histórica intitulado "Sidónio na Lenda" (1922). "O Marquês da Bacalhoa" foi um sucesso polémico, com vendas de 6000 exemplares, mas gerou enorme controvérsia pela sua abordagem panfletária e crítica sobre a família real portuguesa, a classe política, o catolicismo, o suposto lesbianismo da rainha D. Amélia e outros aspetos da sociedade da época. Em 1923, já próximo da morte, António de Albuquerque converte-se ao catolicismo, lamentando o que escrevera sobre a família real e pedindo o perdão da rainha D. Amélia. Faleceu na sua casa de Sintra, aos 57 anos, no dia 2 de julho de 1923. |