BABA DE MOÇOaymmar RodriguézBaba de moça é um famoso doce da culinária brasileira. Mas na poética debochada de Aymmar Rodriguéz a receita transformou-se numa curiosa publicação que já rendeu duas edições – e que agora chega à terceira, com exclusividade para a INDEX ebooks. Nos ingredientes do Baba de Moço de Aymmar estão a ironia e o erótico em altas doses, o obsceno servindo como crítica às mazelas quotidianas: fanatismo religioso, homofobia, violência, consumismo, alienação. O leitor não encontrará doçura nos poemas que compõem este Baba. Não é poesia para estômagos delicados, mas sim para os que acreditam na Arte como veículo de transformação: “vamos acreditar / na descrença absoluta / recriar o mundo”. Apesar da rebeldia, o apimentado Baba de Moço não deixa de ser uma opção apurada para os paladares mais exigentes. Nesta versão digital, estão reunidas as apresentações da primeira e segunda edições, além de um texto do escritor Raimundo de Moraes - dialogando com o leitor, num singular depoimento criador versus criatura. Desejamos-lhe uma boa degustação deste surpreendente menu que nos propõe Aymmar Rodriguéz.
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eXCERTOS
baba de moço
(no sobejo de erickson luna) o poeta brindou com baco e bakunin eu babo em bocas nos becos e botequins |
adeus
você par tiu o meu cu não é mais o c e n t r o do uni verso |
fim de feira
nos bares da cidade as bichinhas frutificam cheirando a polo e dolce&gabbana no final da noite ávidas suadas incansáveis caem podres entre as pernas dos michês |
FORTUNA CRÍTICA
Os pretensos escritos do pequeno livro “Baba de Moço”, no afã de apresentarem uma linguagem poética, não agregam nenhum tipo de valor para a literatura brasileira contemporânea.
- Esmésio de Andrade Cavalcanti (mestre em Linguística e doutor em Literatura Comparada)
Li, detestei, achei tudo ridículo. Nem entre meus alunos eu divulgo essas porcarias de péssimo gosto.
- Alenice Feunim (escritora, tradutora e professora universitária)
Cara, tu é melhor como maconheiro. Na moral.
- Zé Diluís (poeta urbano, artista plástico e recitador)
Respondendo ao seu email: não me julgue atrasado ou preconceituoso, mas poesia não vende e seus poemas são horríveis. Já que você é um viado maluco, por que não soca essas idiotices todas no seu cu e tenta ser feliz de outra forma? Abs.
- Eduardo B. Meneses (editor)
- Esmésio de Andrade Cavalcanti (mestre em Linguística e doutor em Literatura Comparada)
Li, detestei, achei tudo ridículo. Nem entre meus alunos eu divulgo essas porcarias de péssimo gosto.
- Alenice Feunim (escritora, tradutora e professora universitária)
Cara, tu é melhor como maconheiro. Na moral.
- Zé Diluís (poeta urbano, artista plástico e recitador)
Respondendo ao seu email: não me julgue atrasado ou preconceituoso, mas poesia não vende e seus poemas são horríveis. Já que você é um viado maluco, por que não soca essas idiotices todas no seu cu e tenta ser feliz de outra forma? Abs.
- Eduardo B. Meneses (editor)
AYMMAR RODRIGUÉZAymmar Rodriguéz surgiu nos idos da década de 1980, tão logo eu encerrava minha curta participação no Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco – o maior movimento literário do final do século 20, em Recife. Quando eu “recebi” um texto chamado Inclusive cenouras – encenado no Bar Abraxas, em Olinda – eu pensei: tem coelho nessa moita. Ou melhor: tem algo estranho aí.O estilo ácido e debochado de Aymmar Rodriguéz veio numa grande avalanche, canalizada principalmente por happenings nos bares olindenses – não me perguntem detalhes, acho que determinados excessos foram sumariamente deletados da minha mente – e na coluna de Paulo Azevedo Chaves, que então assinava no jornal Diário de Pernambuco, um concorrido e importante espaço de divulgação de artistas plásticos e escritores, do Recife e outras cidades. Mas pelos palavrões e pela temática usualmente homoerótica, muitos dos poemas foram censurados pela editoria do jornal. Vieram a público os textos mais palatáveis e menos polémicos. Assim como surgiu, Aymmar aparentemente eclipsou-se. Alguns anos mais tarde fui morar fora do país, e este poeta nunca mais deu o ar da sua graça. Foram mais de 10 anos sem escrever uma linha sequer.
- Raimundo de Morais |