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UMA DÉCADA QUEER
50 Entrevistas em Português (2004-2014)

Bruno Horta

Existem sexualidades, feminismos, ideologias, políticas, pessoas, opiniões, agendas. Porquê olhar a realidade LGBT como um monolito que pensa ou reivindica a mesma coisa a todo o tempo e a uma só voz?
Esta colectânea de entrevistas nasce para ajudar a divulgar as temáticas queer nos países de língua portuguesa, resumindo um trabalho de dez anos. Entre 2004 e 2014, como jornalista freelancer, escrevi exaustivamente sobre direitos humanos, minorias, sexualidades, políticas de identidade. As entrevistas são o que de mais importante sobrevive por estarem menos coladas à actualidade. Não abordam qualquer daqueles temas de maneira acrítica: pergunto para entender e dar a conhecer, não para apoiar ou rejeitar. 
É a primeira vez que se publica em língua portuguesa um conjunto de entrevistas desta natureza. Independentemente da orientação sexual, da identidade de género e de outras características, todos os 50 entrevistados falaram, por proposta minha, de temáticas queer. 
- Bruno Horta

Leia excertos abaixo 
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em papel

EXCERTOS

Miguel Vale de Almeida
Precisamos de tornar os homossexuais mais visíveis e visíveis na sua enorme diversidade, porque a questão da orientação sexual é absolutamente transversal à sociedade. Muitas vezes passamos a imagem de que o homossexual é homem, e não mulher, urbano, de classe média, com algum dinheiro e gosta de ir às discotecas. Ao fazer isso estamos a esquecer o canalizador e a lavadeira. Por outro lado, temos de fazer uma luta contra a homofobia interiorizada. Os gays e as lésbicas crescem na mesma sociedade que os heterossexuais, por isso interiorizam também a homofobia. Grande parte da sua luta é para se aceitarem a si próprios, mas muitas vezes projectam a homofobia nos outros.

Juliet Mitchell
Sou feminista e radical, mas não sou, e nunca fui, uma feminista radical. Essa é a designação de um grupo particular com um quadro teórico muito próprio que não é o meu. (…) Talvez por ter sido sempre uma feminista de fortes convicções, o que para muitas pessoas é uma forma de radicalismo. Sou uma feminista socialista que vem de uma nova esquerda marxista. Antes de feminista, tive um passado activo de esquerda. Quanto às feministas radicais são, acima e antes de tudo, feministas. Para elas, o patriarcado é a única opressão que conta, enquanto para mim essa é uma opressão fundamental, mas não necessariamente a pior ou mais perigosa. Tudo depende do contexto: do lugar, da História, da economia

Andrej Pejic
É um corpo de homem com um comportamento de género não-normativo. À falta de melhor, dele se pode dizer que é uma pessoa transgénero, ou queer. Aparenta e atribui-se uma sexualidade sem classes, o que é novo, mesmo no mundo aberto em que ele se move. Se lhe pedimos que fale sobre o tema, Pejic não se fixa. “As fronteiras entre o que é masculino ou feminino têm vindo a desaparecer em termos de vida social, económica e sexual”, observa, não deixando de sublinhar que a sua atitude é também uma identidade: “A minha carreira é forte neste momento e quero continuar enquanto for possível. Sei que os modelos têm carreiras curtas e não espero durar para sempre, mas quero manter esta imagem até ao fim da minha carreira. Sei o que pareço e sou feliz com isso.”

Carla Antonelli
Ser homem ou mulher vai muito além dos genitais. Uma mulher não é os genitais dela, nem uma máquina de produzir bebés. Um homem não é um pénis, é mais que isso. Se amanhã um homem tiver uma acidente e lhe amputarem o pénis, deixa de ser homem? Claro que não. Consideraria absolutamente nazi o Estado obrigar alguém a deitar-se numa mesa de operações só para lhe poder dar um documento onde o sexo esteja inscrito de forma correcta.

Mário Cesariny
Fui perseguido porque era homossexual e, ainda por cima, era contra o Governo. Fizeram uma manobra muito bem feita. É preciso dizer que a Polícia Judiciária era apenas uma filial da PIDE. E então, em vez de a PIDE me perseguir por razões políticas, entregou-me à Judiciária. Fui suspeito de vagabundagem, o que me obrigava a apresentações regulares na Judiciária, como as putas! Primeiro, uma vez por mês, depois, de três em três meses… Eu sempre com medo de atender o telefone, de ir ao correio…

Eduardo Pitta
A sociedade é assim: há quem seja liberal e quem não seja. Lembro-me, a propósito, da tese de mestrado de João Pedro George sobre os prémios literários atribuídos em Portugal entre 1960 e 1998. Ele conclui que a maior parte dos premiados são escritores conotados com o Partido Comunista ou com o Partido Socialista. Não há pessoas de direita que recebam prémios literários. Se eu pegar na lista que ele fez e considerar quantos homossexuais lá estão, vejo que não há nenhum ou praticamente nenhum. Quase só os heterossexuais é que recebem prémios literários em Portugal. Cesariny foi premiado um ano antes de morrer [Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores, em 2005]. E, modéstia à parte, só o foi depois de três intervenções que fiz na televisão sobre isso.

Edouard Louis
Eddy é um nome americano e, em França, dar nomes americanos aos filhos é típico das classes baixas. ‘Belle’ significa bonito e ‘gueulle’ significa focinho ou tromba. Eu tinha um nome difícil. Mudei há cerca de dois anos, primeiro o nome, depois o apelido. O nome é uma coisa externa que nos apanha à nascença. O meu nome não era eu, era o que outros fizeram de mim.

Filipe La Féria
Acho que o segredo para ser artista é saber voar sobre as coisas, sem nos fixarmos em nada. Temos que ter uma visão muito alargada do mundo. O teatro não é como um livro, que se escreve e está feito. O teatro não vale nada. É como a vida. No fim da noite fecha-se o pano e acabou tudo. É efémero. O teatro tem essa fascinação extraordinária, tal como a vida: ser tudo e não ser nada.

Jamie McDermott – The Irrepressibles
A maior parte da música comercial é heterossexual, os rapazes cantam sobre raparigas, as raparigas cantam sobre rapazes. A música comercial é altamente sexualizada, sobretudo no R&B e no hip-hop actuais. No meu caso, faço o que faço porque há muitos miúdos que se suicidam por serem vítimas de violência e insultos na escola, pelo simples facto de serem homossexuais. Porque numa terça parte do mundo há leis que permitem prender as pessoas por serem homossexuais. Dizer que se é gay através da música e que se vive bem com isso é uma afirmação poderosa.

Zebra Katz
Aliás, no dizer de Zebra Katz, o fenómeno do hip-hop queer é uma “invenção dos jornalistas”. “Tal como não se diz que o hip-hop antigamente era heterossexual, também não faz sentido falar em hip-hop queer. É o caso de Queen Latifah: antes de se assumir como homossexual já era um nome grande do hip-hop e o que importava era o trabalho dela, não a sexualidade.”

Ricky Martin
O facto de ter se ter assumido como homossexual vai mudar alguma coisa nos seus espectáculos? Vamos ver coreografias homoeróticas, por exemplo?
Acho que os meus espectáculos não mudaram muito. São muito intensos e festivos e o público é convidado a dançar e a cantar, como sempre aconteceu. Sou o mesmo entertainer, nada mudou em mim.

Matt Lambert
A intimidade mediada por computador, ou telemóvel, permite aos jovens experimentar transcendências de géneros e identidades, acredita o artista. (…) miúdos de 16 ou 17 anos têm hoje um entendimento da sexualidade que é já queer ou pós-queer, mesmo que nem se apercebam disso. São jovens que podem até ser heterossexuais mas por vezes têm comportamentos homossexuais, sem que isso seja estigmatizante ou lhes crie medo da reacção dos amigos.”

Vasco Araújo
A única forma que os seres humanos têm de sobreviver é através de uma encenação. Estamos sempre a efabular sobre o passado e o futuro, porque viver o presente é difícil para quase todos. Estamos sempre no “ai quem me dera” do passado, e o “será que vai acontecer?” do futuro. O presente é a parte solitária e depressiva.

Bruce Labruce
Qualquer movimento radical de esquerda tem sempre correntes homofóbicas. Che Guevara era um terrível homofóbico. Não tenho medo de criticar a esquerda radical, que não é tão radical quanto pensa. E quero mostrar através dos meus filmes que não existirá revolução sexual sem uma revolução homossexual.
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BRUNO HORTA

Bruno Horta é jornalista freelancer e vive em Lisboa. 
Em 2009, assinou uma peça de teatro: “Dadores e Tomadores: Os Novos Comedores de Iogurtes”.  Escreve o blogue “Persona Grata”. 
Tem 34 anos e hoje vê o jornalismo como uma técnica narrativa.
Saber mais

FICHA TÉCNICA

Uma Década Queer, 50 Entrevistas em Português (2004-2014), de Bruno Horta. 

Capa de Bráulio Amado.

Edição INDEX ebooks, 2015, revisão de João Máximo, Luís Chainho e Patrícia Relvas.
231 páginas.
Copyright © 2015, Bruno Horta, João Máximo e Luís Chainho. Todos os direitos reservados.


ISBN: 978-989-8575-60-9 (ebook)
ISBN:  978-989-8575-61-6 (papel)
ISBN: 978-1515125211 (impressão a pedido)

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