MÁRIO DE SÁ-CARNEIROMário de Sá-Carneiro (Lisboa, 19 de maio de 1890 – Paris, 26 de abril de 1916) foi um poeta, contista e ficcionista português, um dos grandes expoentes do modernismo em Portugal e um dos mais reputados membros da Geração d’Orpheu.
Para o Instituto Camões, “É um dos nossos maiores poetas do Modernismo, talvez o que melhor exprime a cisão do sujeito na enunciação de si próprio e na formulação da sua percepção do mundo, ora deceptiva ao jeito simbolista-decadentista, ora inebriada pelas sensações e entusiasmos do futurismo.” Pamela Bacarisse, referindo-se às imagens “naturais” na obra de Sá-Carneiro, refere que “A imagética e a terminologia sexual são excelentes fontes de informação sobre as atitudes e inibições de Sá-Carneiro, algumas das quais podem muito bem ter contribuído para os problemas que encontrou em relacionar-se consigo mesmo e com as outras pessoas. Apesar da ênfase quantitativa nas relações heterossexuais, não há falta de referências à homossexualidade, seja em termos explícitos ou implicitamente, e talvez, por vezes, até inconscientemente.” Poesia: Dispersão (1914), Poemas de Paris (1917), Poesias (póstumo, 1946), Poemas Juvenis: 1903-1908 (póstumo, 1986), Verso e Prosa (2010). Prosa: Princípio (1912, inclui os contos Loucura, O Sexto Sentido, Diários, O Incesto), Memórias de Paris (1913), A Confissão de Lúcio (1913), Céu em Fogo (1915, inclui os contos A Grande Sombra, Mistério, O Homem dos Sonhos, Asas, Eu Próprio o Outro, A Estranha Morte do Professor Antena, O Fixador de Instantes, Ressureição), Indícios de Oiro (póstumo, 1937), Prosa (2016, contém Contos Breves, Princípio, A Confissão de Lúcio, Céu em Fogo). Teatro: Amizade (1912). Correspondência: Cartas a Fernando Pessoa (póstumo, 1958). |