No conto Frederico Paciência, Juca, um dos personagens e narrador, relembra como conheceu e conviveu durante a adolescência com o seu grande e “único amigo” Frederico Paciência, um colega mais velho. A tensão sentimental e homoerótica entre os dois amigos é patente, mas Juca nega-se a admiti-lo perante o amigo, perante o leitor e perante si mesmo.
Mário de Andrade demorou dezoito anos a dar forma definitiva a este conto, escrevendo-o e reescrevendo-o entre 1924 e 1942, três anos antes da sua morte. O conto apenas seria publicado postumamente, em 1947, na coletânea Contos Novos. Peterson Oliveira considera que “a demora em encontrar uma versão definitiva para ‘Frederico Paciência’, o único conto homoerótico do autor, sugere que os conflitos vividos por Mário em relação ao próprio desejo estejam relacionados à demora em dar um ponto final para tal narrativa.”
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Mário de Andrade demorou dezoito anos a dar forma definitiva a este conto, escrevendo-o e reescrevendo-o entre 1924 e 1942, três anos antes da sua morte. O conto apenas seria publicado postumamente, em 1947, na coletânea Contos Novos. Peterson Oliveira considera que “a demora em encontrar uma versão definitiva para ‘Frederico Paciência’, o único conto homoerótico do autor, sugere que os conflitos vividos por Mário em relação ao próprio desejo estejam relacionados à demora em dar um ponto final para tal narrativa.”
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